Impasse no Orçamento Impositivo, por Murillo de Aragão
4 de dezembro de 2013
Deputados consideram Dilma favorita para 2014, por Murillo de Aragão
6 de dezembro de 2013
Exibir tudo

Eleição de 2014 deve ser realizada sem mudança nas regras, por Murillo de Aragão

As regras para as eleições do próximo ano não devem ser alteradas. Como o prazo para alterações na legislação eleitoral (um ano antes da eleição) já se esgotou, eventuais mudanças só terão validade para o pleito de 2016.
O Congresso aprovou e enviou à sanção, na semana passada, a chamada minirreforma eleitoral. Para que pudesse ser aplicada nas eleições de 2014 deveria ter sido sancionada até o dia 5 de outubro. Mesmo assim, congressistas insistiram na aprovação do texto.
A intenção de alguns é que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possa referendar a reforma para aplicá-la no próximo pleito sob a forma de Resolução. Pela lei, o TSE pode expedir instruções para regular o processo eleitoral com força de lei até o dia 5 de março do ano da eleição.
No entanto, o novo presidente do Tribunal, ministro Marco Aurélio, já antecipou que não pretende levar a cabo a minirreforma. Seu mandato à frente do TSE vai até maio, portanto, além do prazo final para a expedição das normas.
Outro ponto que deve permanecer inalterado é a representação dos estados na Câmara dos Deputados. Em abril, o TSE havia modificado o quantitativo de algumas bancadas estaduais. Pela decisão, alguns estados ganhariam mais cadeiras na Câmara, enquanto outros perderiam. Porém, o Congresso aprovou um projeto que anulou a decisão e manteve o número atual de deputados federais por estados.
Caso fosse mantida a posição da Corte Eleitoral, o Pará seria o grande beneficiado, com mais quatro (4) deputados federais em sua representação, seguido por Ceará (2), Minas Gerais (2), Santa Catarina (1) e Amazonas (1). Entre os prejudicados estariam Paraíba e Piauí, que perderiam duas vagas cada, além de Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, todos com um deputado a menos. A manutenção da norma implicaria ainda alterações na composição das respectivas assembleias legislativas.