A oposição comemora, dizendo ser uma atitude anacrônica de nossa diplomacia. Por outro lado, se Dilma dissesse que iria ao encontro de Obama, a oposição poderia dizer que ela estava sendo fraca e "entreguista".
Faz parte do cotidiano dos governos enfrentar dilemas como esse. Cabe ter firmeza de decidir. Para um lado ou para o outro.
Pessoalmente, creio que Dilma deveria ir aos Estados Unidos.
As razões são muitas. A mais importante está no fato de que a relação entre países deve ser perene e independente dos governos do momento.
A segunda razão a favor de sua ida reside na oportunidade de cobrar compensações pelo constrangimento causado pelas denúncias.
Por fim, a terceira razão é que seria interessante Brasil apresentar uma atitude superior frente ao problema.
Reações emocionais são infantis e não devem fazer parte do repertório de uma nação com ampla tradição diplomática.
No final das contas, a decisão foi anunciada em conjunto para livrar a cara de ambos.