O anúncio de 28 nomes de políticos envolvidos no escândalo do Petrolão obviamente afeta a reforma ministerial. Nenhum nome mencionado poderá ser – sequer – considerado. A lista, além de paralisar a reforma ou, pelo menos, reduzir o espectro da escolha, atinge a sucessão no Senado, já que tem grandes líderes do PMDB, como Renan Calheiros, Valdir Raupp e Romero Jucá mencionados.
A relação não traz grandes supressas frente ao que já corria nos bastidores de Brasília. A ponto de Henrique Eduardo Alves dizer que o tema é “requentado”. Requentado ou não, o futuro dos apontados é sombrio. Se inocentes, terão que se desdobrar para enfrentar delações amplas e consistentes. Culpados, terão que se aposentar. No mínimo. O fato é que o escândalo do Petrolão tem, como disse tempos atrás, o condão de estraçalhar o sistema político nacional. E ainda vem mais por aí.