Um dos possíveis efeitos colaterais do Petrolão será o abandono do negócio das obras públicas por muitas empreiteiras. Algumas, como o grupo Camargo Correia, já diversificaram muito suas atividades e dependem pouco das obras do governo.
A Odebrecht recentemente anunciou que participa de empreendimentos em 15 setores, além das obras públicas e opera em mais de uma dezena de países. Mesmo antes do Petrolão, as grandes empreiteiras já haviam aderido à diversificação apesar de aparentemente confortáveis com as regras do jogo no Brasil.
O Petrolão colocou muitos acionistas em posição desconfortável e deve acelerar o movimento de desaceleração e até abandono. Em especial se o governo continuar incapaz de liderar um grande acordo que, sem deixar de reconhecer culpas e aplicar penalidades, mantenha o programa de obras públicas em curso.