Segundo o Painel da Folha, os aliados de Aécio Neves querem que ele mantenha o tom agressivo do SBT nos últimos debates com a presidente Dilma Rousseff. Em reunião em São Paulo, os tucanos defenderam que o candidato repita a dose amanhã, na Record.
“Aécio deu um cala-boca nela. Demonstrou autoridade”, elogia o vice Aloysio Nunes (PSDB), o mais sangue quente de todos. “Não podemos cruzar os braços e apanhar sem bater. Ele vai para o enfrentamento até o último dia”, avisa o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).
Aécio sugeriu aos participantes da reunião que guarda um arsenal robusto contra Dilma e o PT. Segundo tucanos, a acusação de arrumar emprego público para o irmão seria “fichinha” perto do que ele ainda pode usar. Técnicos da campanha vasculham munição para ser usada nos próximos embates.
Os aecistas saíram do sério quando a presidente usou as palavras “bêbado” e “drogado” ao lembrar que o rival foi multado na Lei Seca. “Ela está fazendo um jogo muito perigoso”, diz o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG). A estratégia do “bateu, levou” é amplamente vitoriosa no partido.
O resumo da avaliação dos aecistas é o seguinte: é falsa a ideia de que o eleitor não gosta de um debate um pouco mais forte. Na verdade, não houve troca de baxaria, exceto nas perguntas sobre o bafômetro. O que houve foi troca de duras acusações. E isso está no manual.