A uma semana da eleição, nunca foi tão acentuada a sensação de incerteza a respeito do resultado da eleição. Principalmente porque todos parecem ter chegado aos seus respectivos tetos e falte apenas um programa eleitoral na TV e no rádio. O segundo turno está em aberto. Certeza, aparentemente, só sobre os dois contendores.
As vantagens estruturais de Dilma vão deixar de ser tão relevantes. Marina, que faz uma campanha anêmica de recursos e de tempo de televisão, terá mais espaço e a torcida das forças antipetistas e oposicionistas do país.
De acordo com as reportagens do final de semana, o alvo da campanha na reta final desta semana serão os indecisos, o contingente de eleitores que pode decidir o pleito.
De acordo com O Globo, na última semana de campanha 28 milhões de eleitores (20% do total) ainda não definiram seu voto. A última rodada de pesquisas, na semana passada, estimou que entre 7 milhões (Ibope) e 8,5 milhões (Datafolha) de eleitores não respondem ou dizem não saber em quem vão votar para presidente.
Além dos indecisos, há ainda um grupo de eleitores chamados pelos analistas de infiéis — apontam um candidato de preferência, mas não declaram certeza absoluta. A análise da pesquisa Ibope divulgada semana passada mostra que só essa fatia alcançava 51 milhões de eleitores. Ou seja: 58,2 milhões de pessoas, 40% do eleitorado, podem ser classificados como infiéis ou indecisos.