Mesmo correndo o risco de ser derrotado em Minas Gerais junto com o candidato a governador Pimenta da Veiga (PSDB) e de apresentar um desempenho pífio nas eleições presidenciais, o tucano Aécio Neves não deve desistir de sua candidatura a presidente da República. Se desistisse, estaria abrindo mão para sempre de concorrer ao Palácio do Planalto, pois passaria a ser visto como um político pouco confiável e covarde.
Como ele é jovem e pode voltar a disputar a Presidência nos próximos 20 anos, cabe a Aécio ir até o fim em 2014 e fazer a melhor campanha possível. Em política, “o mundo gira e a Lusitana roda”. Ele pode retornar ao páreo, assim como Lula (PT) e seu colega de partido José Serra o fizeram.
Aécio deve também usar de sua experiência para tentar reaprender a ser o jovem político que, de fato, ainda é. Deve também parar de falar difícil (usando palavras fora de moda, como “obsequiar”, aviltar, “lato senso” etc, da época de seu avô, Tancredo) e incorporar o discurso da mudança das práticas políticas e de seu comprometimento com políticas sociais.