O dia 2 de setembro de 2014 será lembrado, no futuro, como um dos momentos mais desfavoráveis para os dois maiores partidos brasileiros, que no passado polarizavam a disputa presidencial. Marina Silva abriu uma vantagem expressiva de 16 pontos sobre a presidente Dilma em São Paulo, o maior colégio eleitoral do país. No Rio de Janeiro, o terceiro maior, a candidata do PSB ultrapassou Dilma. O jogo piora para os adversários de Marina numa velocidade incrível. Para Aécio, então, o revés é ainda mais amargo porque ele contava com São Paulo, terra do poder tucano há quase 20 anos, para virar o placar. Ou seja, a palavra mudança não significa apenas bola na rede do PT toda hora. Significa chocolate para cima do PSDB também. Se o ritmo da vitória de Marina continuar sendo esse e um cisne negro não aparecer em duas semanas, não restará muito a fazer a não a ser encomendar festa.