Assim como havia ocorrido no debate da TV Bandeirantes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi o alvo principal do debate realizado pela Folha ontem. Houve uma forte troca de acusações entre Alckmin e seu principal adversário, Paulo Skaf (PMDB), no assunto da segurança pública.
Antes mesmo de Skaf falar no tema da segurança, Alckmin se antecipou e declarou: “O candidato Skaf fala muito de segurança pública, mas é interessante lembrar que nós assumimos o governo depois do partido dele. A polícia não tinha bala. A taxa de homicídios era de 30 por 100 mil habitantes, hoje é de 10 por 100 mil”.
A manifestação de Geraldo Alckmin foi uma referência à gestão do ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (1991-1995), antecessor do falecido ex-governador Mário Covas (PSDB) à frente do Palácio dos Bandeirantes.
Skaf, em sua manifestação, respondeu para Alckmin. “Eu gostaria de dizer ao governador que a maior taxa de homicídios foi quando ele foi vice de Covas. A taxa era de 40 por mil habitantes”, afirmou o candidato do PMDB.
O candidato do PT, Alexandre Padilha, também explorou o tema da segurança pública. Padilha acusou “as polícias de São Paulo de assassinarem jovens da periferia, sobretudo os negros”. Também lembrou que há uma sensação de impunidade no Estado e que só 5% dos homicídios são esclarecidos.
Alckmin não deixou a crítica de Padilha sem resposta. Segundo ele, “a política não é assassina, mas sim firme e legalista”.
A aposta de Skaf e Padilha no tema da segurança pública não ocorre por acaso. Segundo o último Datafolha, essa a área foi avaliada positivamente por apenas 5% dos eleitores.
Apesar de Geraldo Alckmin ter se transformado em alvo no debate, o governador desponta como favorito na corrida eleitoral, com 55% de intenção de voto no Datafolha. Alckmin possui boas chances de se reeleger ainda em 1o turno.