De posse dos dados do Datafolha da volta de Marina ao páreo presidencial, um marqueteiro comentou que pode-se demonstrar qualquer coisa com os números conhecidos na manhã desta segunda-feira. Ou seja, todos três presidenciáveis têm motivos para puxar a brasa para sua sardinha, mas é inegável que a candidata a ser ungida amanhã pelo PSB é a que ganha mais impulso, tem mais motivos para apostar no futuro. Fora do centro da disputa há três meses, quando abriu caminho para Eduardo Campos disputar na cabeça da chapa, ela volta com quase o triplo das intenções de voto que ele conseguiu acumular. Não é pouco. E deixa a ex-senadora numa posição muito confortável para ditar os termos de sua candidatura. Mesmo que se desconte o momento de forte impacto emocional do período em que os eleitores foram ouvidos, o nome de Marina na cédula produziu um impacto que embolou a competição e desautoriza qualquer prognóstico. Os três candidatos competitivos ficaram quase do mesmo tamanho, pois, se Dilma Rousseff conserva-se no primeiro lugar, aumentaram muito as chances da eleição ser decidida no segundo turno, hipótese em que ela perderia para Marina. É um favoritismo que nem de longe Campos atingiu. O fato da ex-senadora acumular agora chances reais de poder foi suficiente para despertar a curiosidade geral. Todos querem saber quem é Marina Silva.