A incrível a notícia de que o aeroporto de Brasília já é o segundo do país só pode ser uma demonstração do sucesso da privatização. O fluxo de passageiros cresceu aqui 13,3%, o dobro do desempenho dos aeroportos estatais (Infraero). Claro que a posição geográfica de Brasília, no centro do país, é estratégica para atrair conexões e há o fato de o Governo do Distrito Federal ter reduzido à metade o ICMS sobre querosene de aviação, e mais quantos motivos se queira encontrar como explicação. Mas também é preciso levar em conta que a cidade não tem movimentação econômica que justifique tal sucesso. A boa gestão, mais uma vez, deve estar por trás da história, complementada pela livre concorrência. Brasília, uma cidade sem indústria, bate o Galeão, do Rio de Janeiro, a terceira maior economia do país (11,3% do PIB nacional). Diante disso fica clara a visão de Juscelino Kubitschek, ao trazer a capital para o centro do Brasil e transformá-la não apenas na plataforma de lançamento da economia do Centro-Oeste, como grande propulsora do agronegócio e irradiadora do turismo interno.