O candidato do PSDB, Aécio Neves, foi recebido com entusiasmo na sabatina da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), arrancando aplausos efusivos. Falou o que o setor, em parte descontente com a presidente Dilma, queria ouvir. Três de suas promessas agradarem muito aos empresários presentes: a criação de um superministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento; recuperação e transformação da Embrapa no maior órgão de pesquisa do Brasil, com pólos nos seis biomas; e respeito a súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) de Raposa Serra do Sol que disciplina os conflitos e demarcações de terras indígenas.
“O Ministério da Agricultura terá assento em igualdade de importância junto aos ministérios da Fazenda e do Planejamento. Não será mais subordinado a eles nem ao Banco do Brasil. Será decisivo nas políticas de logística e infraestrutura – disse Aécio. Ele prometeu ainda cumprimento rigoroso da lei no caso de invasões de terras e uma revolução logística que priorize a construção de hidrovias e ferrovias. E tal como Eduardo Campos, mostrou preocupação com a agricultura sustentável.
Ao criticar a omissão da administração petista, o tucano disse que o agronegócio vai bem não por causa do governo, mas apesar da atual gestão. Tachou de “crime de lesa pátria” o desmonte do setor do etanol e sucroalcooleiro, e citou as mais de 40 usinas que foram fechadas ou que estão em liquidação judicial, causando desemprego no setor. “Estão jogando fora essa extraordinária matriz energética.”