A cada eleição aumenta a participação da internet na campanha, especialmente depois da explosão das redes sociais, em particular Facebook e Twitter, que contam com o maior número de seguidores. A busca por protagonismo, compartilhamentos, retuites, trend topics etc é insana, pois esses recursos são uma plataforma de replicação para a grande mídia. Não há repórter ou editor que não passe o tempo todo colado no computador, ipad, celular e mobilidades congêneres. Além do marqueteiro, todo candidato tem que ter a turma de conteúdo digital, mistura de jornalistas e publicitários ocupados na viralização de memes, selfies e posts que bombem. No caso da eleição para presidente, por exemplo, é preciso acertar a mão. É tipo fazer título de jornal popular. Tem que ter talento.
Foi por isso que o senador Cristovam Buarque disse que “Eduardo está precisando falar alguma coisa que vire bochicho de botequim”. Lula, como é sabido, é muito bom nisso. É o autor da provocação a Aécio “também aumentamos aeroportos, mas não ficamos com a chave”, ironia com o escândalo do asfaltamento, pelo governo mineiro, de uma pista de pouso numa área que pertencera ao tio avô do tucano. De maneira geral, a propósito, a internet do PT está ganhando a “guerra da comunicação” da internet do Aécio. O partido de Lula criou sites novos (o Muda Mais é o maior exemplo), contratou muitos jornalistas e trabalha boas pautas. Detalha os assuntos, faz textos apimentados, panfleta, usa o noticiário para alavancar escândalos. Enfim, faz guerrilha eleitoral, que, afinal, é o que interessa na campanha.