De acordo com a última pesquisa Ibope, divulgada na semana passada, o eleitor avalia que a sua situação econômica está melhor do que a do país. Isso pode ser explicado em parte pelo noticiário negativo da mídia eletrônica e impressa. Por exemplo: 24% dos entrevistados avaliam que a situação econômica do país é “ótima/boa”, 48% acham que ela é “regular” e 25%, “ruim/péssima”. Apesar dessa avaliação positiva da conjuntura ser baixa, quando os brasileiros analisam sua própria situação econômica os números são bem distintos. Para 43% dos entrevistados, sua situação econômica é “ótima/boa”; 45% entendem que ela é “regular”, e apenas 12% dizem que é “ruim/péssima”.
Em relação a 2015, mesmo diante dos prognósticos pessimistas feitos pelos especialistas,essa não é a percepção do eleitorado. De acordo com o Ibope, ao avaliar a situação econômica do Brasil no ano que vem, 34% dizem que será “melhor”; 41% responderam que ficará “igual” e 18% acreditam que a situação será “pior”. Mas quando os mesmos entrevistados avaliam como será sua situação econômica em 2015, 52% respondem que ela estará “melhor”; 37% dizem que ficará “igual” e apenas 6% acreditam que estará “pior”. A diferença entre as avaliações da situação econômica do país e dos eleitores é consequência da influência que o noticiário exerce sobre os entrevistados. A maioria ainda define seu voto pela televisão (notícias e propaganda política).