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Dilma nega que país seja refém da crise

A presidente Dilma Rousseff negou que o país viva uma crise econômica durante sabatina realizada pela Folha, UOL, SBT e pela rádio Jovem Pan no Palácio da Alvorada. Ela afirmou que a inflação deste ano vai ficar no teto da meta (6,5%), mas não está “descontrolada”. A presidente comparou seu governo com o do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). “O presidente Lula pegou uma taxa de inflação extremamente alta, de 12,5%, do FHC. Acho que usam dois pesos e duas medidas para julgar meu governo. Ela [a inflação] não está descontrolada”, disse. “Ela está no teto da banda [o centro da meta é de 4,5%; o teto da banda, de 6,5%]. Vamos ficar nesse teto da banda.” Dilma aproveitou o trecho da sabatina dedicada à economia para fazer uma veemente defesa de sua gestão. O grande temor da equipe são os indicadores dos próximos meses, vizinhos da eleição, que podem revelar notícias negativas como queda do PIB, por exemplo. Mas não apenas os dois meses darão tempo ao governo para contra-atacar como dificilmente o pior momento da crise virá antes da eleição.
Para a candidata à reeleição pelo PT, o Brasil enfrenta o pior momento da economia internacional desde 2008, quando o mundo foi atingido por uma grave crise financeira. Àquela altura, o então presidente Lula afirmou que os efeitos da daquela crise, sobretudo com escassez de crédito, atingiriam um país como uma “marolinha”. Dilma reconheceu que era uma avaliação equivocada, mas ponderou: “Está havendo o mesmo pessimismo que aconteceu com a Copa com a economia brasileira. E com a economia é mais grave, porque economia é feita com expectativa”, argumentou.