A forte campanha de Luiz Edson Fachin (foto) para o Supremo Tribunal Federal (STF) começou a dar resultado. No parecer distribuído nesta segunda (27) a integrantes da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) defende a sua indicação para a Corte. Segundo o tucano, Fachin é um cidadão com “convicções democráticas e humanistas”. “Em suma, tem atuação reconhecida e respeitada tanto na advocacia quanto na seara da produção científica ou na atividade docente. Trata-se de um cidadão de sólidas convicções democráticas e humanistas”, diz trecho do relatório.
A manifestação favorável de Dias derruba uma das várias frentes de resistência ao jurista, que advogou em nome do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e é ligado ao PT. Entre as mais difíceis de superar estão a dos ruralistas e a do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Os primeiros não gostam muito do histórico de Fachin. Renan defendia outro nome para o Supremo, que é do presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, além de estar muito descontente com as escolhas do Palácio do Planalto para a Esplanada dos Ministérios.
Para compensar a força e o poder dos contrários, Fachin tem angariado o apoio de nomes de peso, como do presidente do STF, Ricardo Lewandowski, e do ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior.
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