Pesquisas qualitativas do Palácio do Planalto apontam que dois aspectos são fundamentais para a popularidade da presidente Dilma Rousseff: o desempenho da economia e a questão ética. Diante do desgaste já detectado, o governo começa a se movimentar.
O primeiro gesto foi sinalizar que a fase dois do ajuste fiscal vai começar. Passará pela retomada das concessões ao setor privado e pela redefinição do papel dos bancos públicos, em especial o BNDES. As concessões englobarão aeroportos, rodovias, portos e hidrovias.
No aspecto ético, o governo deve enviar ao Congresso, nos próximos dias, propostas de combate à corrupção. Uma das promessas de campanha da presidente, o tema ainda está em discussão interna no Palácio do Planalto.
Obviamente, esses dois gestos não serão suficientes para conter o clima negativo que envolve o governo. O diálogo entre Executivo e Legislativo é fundamental. O vice-presidente, Michel Temer, reconheceu, na semana passada, que há uma “tensão institucional” entre os dois Poderes.
Conforme antecipamos em outras edições, nos próximos dias deve ser divulgada uma nova pesquisa sobre a popularidade da presidente. Espera-se nova queda; com isso, seus desafios e pressões devem aumentar.