A designação do deputado Hugo Motta (PMDB-PB) para a presidência da CPI da Petrobras pisa no calo do Palácio do Planalto. Médico, de uma família de políticos (os avós paterno e materno foram prefeitos), deu trabalho como presidente Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, uma das mais importantes da Câmara Federal na legislatura anterior, pela capacidade de questionar e contrariar pontos de vista cristalizados.
É independente, estudioso, e encara sempre com muita seriedade as missões políticas. Foi o deputado mais jovem da história do país ao se eleger, aos 21 anos, nas eleições de 2010 com 86.150 votos e preside a Juventude do PMDB da Paraíba desde dezembro de 2011. É o retrato da renovação política do Congresso.
A CPI da Petrobras inicia suas atividades nesta quinta-feira, 26, com a indicação dos partidos para as demais cadeiras e da mesa. A tendência é que a vice-presidência fique com o PSDB e a relatoria, com o PT. Os nomes que circulam para esses cargos são o do ex-líder Antonio Imbassahy (PSDB-BA) e do ex-ministro de Relações Institucionais Luiz Sérgio (PT-RJ).
Imbassahy, ex-líder tucano, é um dos parlamentares que melhor conhece as entranhas do petrolão.