O site da revista Carta Capital informa hoje, 12, que a ideia de criar uma Frente de Esquerda, unindo sindicalistas, camponeses, intelectuais, militantes gays e parlamentares, que chegou a ser lançada pelo ministro da Educação, Cid Gomes (PROS), perde força.
A ideia desse grupo, composto por sindicalistas das centrais CUT e CTB, sem-terra, petroleiros, dirigentes do Movimento Passe Livre e do coletivo Fora do Eixo, parlamentares do PT e do PSOL, seria ajudar o governo a lidar com um Congresso mais conservador.
A principal explicação para o enfraquecimento dessa Frente de Esquerda é a insatisfação com a guinada ortodoxa do governo Dilma na economia. Militantes argumentam que a falta de negociação prévia com as centrais contribuiu para aumentar a insatisfação em relação a medidas como a restrição de seguro-desemprego e o abono salarial.
Não é apenas as centrais sindicais que estão insatisfeitas com o pacote ortodoxo, os setores mais à esquerda do PT também resistem as medidas amargas.
A pouca disposição desses setores de defender o governo Dilma preocupa os governistas, pois a desmobilização da Frente de Esquerda ocorre num momento em que as ruas mostram grande insatisfação com a presidente, conforme apontou recente pesquisa do instituto Datafolha.