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Catta Preta diz ao Jornal Nacional que se sentiu ameaçada por integrantes da CPI

 
Catta Preta e Paulo Roberto da Costa
A advogada Beatriz Catta Preta disse ao Jornal Nacional que abandonou a carreira e fechou seu escritório em São Paulo para zelar pela segurança da sua família. Ela retornou de uma viagem de férias com a família aos Estados Unidos, mas negou que vá fugir do país ou morar em Miami por temor a ameaças.
“Não recebi ameaças de morte, não recebi ameaças diretas, mas elas vêm de forma velada. Elas vêm cifradas”, afirmou a advogada, considerada uma das maiores especialistas do país em delação premiada.
Catta Pretta foi contratada por nove investigados na Operação Lava Jato que resolveram colaborar dando detalhes sobre o esquema de corrupção na Petrobras. Um dos envolvidos que ela defendeu, Júlio Camargo, mudou seu depoimento e acusou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de receber propina de US$ 5 milhões.
Depois disso, ela foi convocada para depor na CPI da Petrobras e sentiu-se ameaçada por seus integrantes, o que foi a gota d’água para a decisão de deixar a profissão. Negou que tenha ganho US$ 20 milhões com o trabalho na Lava Jato e afirmou que sua vida financeira é correta e os pagamentos que recebeu foram legalmente contabilizados.
A OAB entrou com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal para dispensá-la de comparecer à CPI. Se for, ela promete não revelar o que estiver sob sigilo profissional. O presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, autorizou a advogada a não falar sobre questões que envolvam sigilo.