O apoio ao governo registrou queda em junho tanto na Câmara quanto no Senado, aponta levantamento da Arko Advice. A piora coincide com a reclamação do PMDB de que o vice-presidente, Michel Temer, responsável pela coordenação política, estaria sendo sabotado pelo Palácio do Planalto e pelo PT.
Na Câmara, a partir da análise de 21 votações nominais e abertas em junho, verificou-se que o apoio caiu de 51,75%, em maio, para 46,86%. O governo foi derrotado em cinco dessas votações. A mais expressiva foi a que estendeu a todos os aposentados e pensionistas a fórmula de reajuste do salário mínimo (inflação mais a variação do PIB de dois anos antes).
No Senado, o apoio caiu, entre maio e junho, de 47,26% para 32,71%. A derrota mais expressiva para o governo foi em uma votação simbólica que concedeu reajuste de até 78% para os servidores do Judiciário. O líder do governo, Delcídio do Amaral (PT-MS), disse que a presidente Dilma Rousseff vetará o projeto.
Diante da baixa popularidade da presidente e das dificuldades na economia, com alta de inflação e aumento de desemprego, a tendência é que o governo continue enfrentando dificuldades no Congresso no segundo semestre, com risco de novas derrotas.
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