Faltando cerca de um mês para a eleição presidencial na Venezuela, o clima no país é de incerteza. Além de pesquisas eleitorais com resultados divergentes, não se sabe qual é o verdadeiro estado de saúde do presidente Hugo Chávez, que há um ano luta contra o câncer.
Em relação à oposição, embora haja uma unidade em torno de Henrique Capriles, ninguém qual a verdadeira coesão desses grupos. Vale lembrar que no passado não muito distante, os adversários do Chavismo nunca conseguiram unidade em torno de um projeto alternativo. Aliás, é tentando explorar esta divisão que Chávez declarou recentemente que uma eventual derrota poderá levar a Venezuela a uma "guerra civil".
As pesquisas divulgadas ao longo dos últimos meses sempre deram ampla vantagem a Chávez, como as do Instituto Venezuelano de Análise de Dados (IVAD), na qual o atual presidente aparece com 50,8% de intenção de votos, contra 32,4% de seu opositor, assim como a pesquisa realizada pelo Datanálisis, que aponta Chávez com vantagem de 15,3%, além indicar a presença de 23,1% de indecisos.
No entanto, há algumas semanas começaram a aparecer pesquisas como a dos Consultores 21, que não havia sido divulgada até então e que foi confirmada há poucos dias pela companhia, na qual Caprilles aparece com pequena vantagem, tendo 47,7% das intenções de voto, contra 45,9% de Chávez, além de 6,4% de indecisos.
Já a Predicmática aponta Caprilles na frente com 47,4%, contra 44% de Chávez, em pesquisa realizada em meados de agosto.