Uma pesquisa realizada pela consultoria Poliarquía apontou que 66% dos argentinos rejeitam uma possível reforma constitucional para que a presidente Cristina Kirchner possa disputar o terceiro mandato em 2015. Segundo a sondagem, que foi publicada no jornal La Nación, até mesmo entre os que apoiam o governo, o apoio à mudança na Constituição é baixo (apenas 39% defendem mais um mandato para Cristina).
Cristina Kirchner, que governa a Argentina desde 2007, conquistou o segundo mandato presidencial em dezembro do ano passado, depois de vencer as eleições de outubro de 2011 com 54% dos votos válidos.
Apesar de a Constituição proibir uma segunda reeleição consecutiva, desde fevereiro, lideranças políticas ligadas ao Partido Justicialista (PJ) especulam a possibilidade de uma reforma constitucional. Mas, por enquanto, não foi apresentando nenhum projeto neste sentido. Questionada sobre o assunto, Cristina tem evitado pronunciar-se.
De acordo com a pesquisa da Poliarquía, a rejeição a uma eventual reforma constitucional é maior (81%) na capital argentina, governada pelo Proposta Republicana (PRO), partido liderado pelo prefeito e pré-candidato a Casa Rosada, Maurício Macri.
Em que pese o cenário adverso a uma reforma constitucional, ele não pode ser totalmente descartado, pois o Kirchnerismo possui uma grande habilidade em convencer a opinião pública a apoiar temas polêmicos, principalmente se econômica e socialmente a avaliação do governo for positiva.