Mesmo após sérios problemas com a Argentina e sabendo dos problemas que a Petrobrás enfrentou na Bolívia, a petroleira espanhola Repsol firmou dois convênios com a Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), estatal de petróleo da Bolívia, para estudar o potencial de exploração de hidrocarbonetos nos departamentos de Santa Cruz e Potosí.
Os contratos foram assinados em Santa Cruz pelo representante da Repsol na Bolívia, Jorge Ciacciarelli, e o presidente da YPFB, Carlos Villegas.
A Repsol fará estudos no departamento de Santa Cruz e uma área cuja extensão é de 97.500 hectares. Existe uma grande possibilidade que exista gás natural nesse local. A empresa espanhola também realizará estudos em Potosí, numa área de 192.500 hectares, onde se acredita que, assim como em Santa Cruz, serão encontradas reservas de gás.
Em entrevista concedida à imprensa local, Ciacciarelli, afirmou que "isso demonstra o interesse da Repsol em participar ativamente do plano de desenvolvimento dos campos de exploração na Bolívia". Segundo o executivo, existem no país muitas áreas que não têm sido estudadas.
Villegas disse que quando a Repsol tiver os resultados de seus estudos, num prazo estimado de 10 meses, "terá a opção de definir se deseja firmar um contrato de serviços petroleiros nas áreas determinadas".
No entendimento da YPFB, os convênios para estudos permitem as petroleiras avaliar o potencial das áreas e estabelecem bases para novos projetos de exploração e exportação.
Em novembro do ano passado, o presidente da Repsol, Antonio Brufau, ratificou ante o presidente Evo Morales o plano de investimentos da Repsol na Bolívia, que soma US$ 640 milhões para o período 2010-2014.