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Governo é contra venda de Neoenergia a chineses

O grupo espanhol Iberdrola está negociando a venda dos 39% que detém no capital da distribuidora elétrica Neoenergia à chinesa State Grid. O Valor apurou que as tratativas surpreenderam os acionistas controladores da holding, a Previ e o Banco do Brasil, donos dos outros 61%. A Iberdrola também discutiu a venda para empresas da Alemanha e dos EUA.

O governo não quer a entrada dos chineses na Neoenergia, assim como não aprovou o aumento da participação dos espanhóis, negociada no ano passada entre Iberdrola e BB e Previ. Para impedir a entrada dos chineses, os sócios brasileiros podem, inclusive, ir à Justiça. "Sem essa benção [de Brasília] vai ser difícil", disse uma pessoa próxima às discussões. A assessoria da State Grid no Brasil confirmou que a empresa tem interesse na fatia dos espanhóis e já teve reuniões de trabalho com a Iberdrola. O grupo contratou auditores para avaliar as contas da Neoenergia.

A possibilidade de venda das ações da Iberdrola na Neoenergia representa uma guinada em relação à situação do início do ano, quando o grupo espanhol tinha a intenção de assumir o controle acionário da companhia. Essas negociações não foram adiante, em alguma medida, pela conjuntura internacional, mas também por causa da rejeição da presidente Dilma Rousseff, que não gostaria de ver o controle da empresa desnacionalizado. Independentemente do destino que os espanhóis quiserem dar às ações na empresa elétrica, Previ e Banco do Brasil têm direito de preferência sobre os 39% da Iberdrola. (Valor Econômico)