O poder de barganha dos trabalhadores, que estão obtendo reajustes salariais acima dos verificados em 2011, foi reforçado pelo reajuste de 14% (aumento real de 7,2%) no valor do salário mínimo. Quando o mínimo sobe, os pisos e os salários mais baixos aumentam a taxas semelhantes, pois não podem ficar menores que o salário mínimo. Em Montes Claros (MG), as negociações entre o sindicato dos comerciários e o dos patrões resultaram em reajustes entre 14% e 16,6% para trabalhadores que ganham o piso da categoria, o que representa ganho real de 8,45% a 11%. Para os que recebem acima do piso, o reajuste foi de 10% (aumento real de 4,37%). O sindicato representa quase 20 mil comerciários, cuja data-base é 1º de fevereiro. "Foi um dos maiores aumentos reais dos últimos anos", diz Osanan Gonçalves, presidente do sindicato. (O Estado de S. Paulo)