Os importadores, sobretudo do setor de máquinas e equipamentos para construção, estão sendo afetados pela operação Maré Vermelha. Deflagrada há um mês pela Receita Federal, o trabalho ampliou a fiscalização de mercadorias "sensíveis ao aumento das importações com indícios de irregularidades". O tempo para liberação das cargas aumentou em 50%, especialmente em São Paulo. "A operação tem acrescentado dois dias úteis aos cinco necessários à liberação do contêiner", diz Wagner Rogê Maricano, analista de importação da Komatsu do Brasil. A empresa produz escavadeiras e carregadeiras a partir de peças importadas pelo porto de Santos. Com os atrasos, teme-se impactos na linha de produção. A proximidade do pico da temporada de embarques, a partir de junho, causa estresse no porto. "As deficiências que já existiam estão se agravando com a Maré Vermelha", diz ô coordenador do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos da Associação Comercial de São Paulo, José Cândido Senna. (Valor Econômico)