A reestatização da YPF encerra de modo definitivo o ensaio de ajuste fiscal feito pela presidente Cristina Kirchner após a sua reeleição no ano passado, apelidado pela própria Cristina de "sintonia fina", ao discursar na União Industrial Argentina em novembro. Para analistas, a retomada da petroleira sinaliza uma expansão de gastos públicos internos. "Foi uma mudança estrutural. Estatizar a YPF não é o mesmo que foi feito antes, com a Aerolineas Argentinas e os Correios. é simplesmente a maior empresa do país. Mostrou o que Cristina quer para o resto de seu mandato: o Estado como o grande líder da economia, com poder de veto sobre o setor privado", disse Marcelo Elizondo, da consultoria DNI, especializada em comércio exterior. (Valor Econômico)