A presidente Dilma Rousseff, em seu terceiro dia de visita aos Estados Unidos, cobrou a retomada dos investimentos produtivos como antídoto para barrar a crise econômica mundial e ampliar a oferta de empregos no mundo. Na avaliação da líder brasileira, não há outro caminho para a economia global recuperar o fôlego e superar os estragos provocados pelo tsunami monetário que tem incentivado a valorização das moedas de países emergentes, especialmente o real. "Nós sabemos que somos afetados pela crise financeira do mundo. Mas temos condições de enfrentá-la. Vivemos um momento de muita preocupação", afirmou ela em discurso para 700 acadêmicos e estudantes do John F. Kennedy Forum, da Universidade de Harvard, uma das mais prestigiadas no planeta. A governante brasileira aproveitou a plateia e repetiu a crítica ao que ela chama de tsunami monetário provocado pelas economias desenvolvidas – uma injeção de mais de US$ 9 trilhões na economia global. "As ações dos bancos centrais melhoraram muito a situação (das economias dos países ricos, que começam a sair da recessão). Mas nós sabemos que ainda persistem várias ameaças", afirmou Dilma, reconhecendo que as medidas de estímulos à atividade evitaram uma crise aguda de liquidez. Alertou, porém, que as políticas expansionistas (emissões de moedas) sem a contrapartida de investimentos afetam, sobretudo, os países emergentes. (Correio Braziliense)