Líderes das cinco potências emergentes do Brics, formado por Brasil, Rússia, índia, China e áfrica do Sul, disseram estar preocupados com o ritmo lento de reforma das cotas e da governança do Fundo Monetário Internacional (FMI) – instituição que cresceu em importância e é hoje o principal órgão por trás do esforço para debelar a crise mundial, em particular na Europa. Numa declaração conjunta ao fim do quarto encontro de cúpula do bloco, na capital indiana, os presidentes Dilma Rousseff, Hu Jintao (China), Dmitri Medvedev (Rússia), Jacob Zuma (áfrica do Sul) e o primeiro-ministro da índia, Manmohan Singh, cobraram ação urgente para reformar a instituição. E formalizaram a ameaça que já vinham fazendo individualmente: só vão colocar mais dinheiro no FMI se houver mudança em sua estrutura. "Frisamos que o atual esforço para aumentar a capacidade de empréstimo do FMI só será bem-sucedido se houver confiança de que todos os membros da instituição estão realmente comprometidos a implementar fielmente a reforma de 2010", diz o comunicado. (O Globo)