O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e as empreiteiras responsáveis por obras rodoviárias entraram em rota de colisão. Enquanto a autarquia tenta destravar um programa de R$ 16 bilhões em obras nas estradas federais, as empresas garantem que a malha de rodovias cobertas por contratos mais amplos de manutenção poderá cair de 15.104 quilômetros no início deste ano para apenas 1.316 quilômetros em dezembro, espalhando uma situação de crise no setor e a proliferação de buracos nas pistas. "Na verdade, já estamos em crise", afirma o presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor), José Alberto Pereira Ribeiro. "Em todas as reuniões que temos com os nossos associados, recebemos um relato de alguém diminuindo o quadro de pessoal em pelo menos 5%", diz o executivo, lembrando que o setor chegou a empregar 1,5 milhão de trabalhadores diretos em junho do ano passado, quando começou a perceber redução no ritmo das obras. (Valor Econômico)