Em movimento incomum, o Supremo Tribunal Federal (STF) resolveu ontem rever uma decisão tomada no dia anterior depois de alertado do caos políticos que a ordem desencadearia. A decisão original do Supremo colocou em risco 460 medidas provisórias editadas nos últimos onze anos e as leis que entraram em vigor derivadas da aprovação dessas MPs. A possibilidade de todas essas normas legais serem questionadas na Justiça e a eventual anulação de seus efeitos provocaram o recuo dos ministros. Na noite de quarta-feira, os ministros do STF decidiram, por sete votos contra dois, que as MPs teriam de ser votadas previamente pela comissão especial mista, antes da análise pelos plenários da Câmara e do Senado; do contrário, perderiam a validade. A decisão foi durante julgamento de processo contra a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. (O Estado de S.Paulo)