A queda nos preços do grupo Alimentação e de Transportes foi decisiva para a deflação de 0,07% no índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em fevereiro, segundo o coordenador do indicador, Rafael Costa Lima. A queda no IPC ficou ligeiramente acima da estimativa feita pela Fipe na semana passada, que esperava recuo de 0,05%. A variação negativa em fevereiro, no entanto, ficou bem distante da alta projetada pela Fipe no começo do mês passado, de 0,53%. "Certos grupos tiveram comportamento atípico para esta época do ano", disse, referindo-se a Alimentação (-0,98%) e Transportes (-0,16%). A deflação dos alimentos vem surpreendendo Costa Lima desde o fechamento do IPC de janeiro, quando os preços desaceleraram para 0,50%, enquanto a expectativa dele era de baixa. Dentro do grupo, o coordenador observou que todos os subgrupos, exceto Alimentação Fora do Domicílio (+0,59%), registraram queda: industrializados (-0,48%), semielaborados (-3,06%) e produtos in natura (-0,26%). "Não é comum os preços de carnes cederam e nem mesmo os de in natura. Possivelmente, a queda deve estar próxima do fim e talvez haja estabilidade ou até mesmo alta. Já há indícios de aumento de in natura na semana", avaliou. As carnes bovinas tiveram queda de 5,23%, enquanto os itens in natura recuaram 0,26% no fechamento de fevereiro. (O Estado de S.Paulo)