Os investimentos no Brasil voltaram a encolher nos últimos três meses de 2011, segundo as expectativas de economistas consultados pelo Valor. As estimativas apontam para redução entre 0,1% e 1,1% na formação bruta de capital fixo – medida das contas públicas que mostra quanto o país investiu na compra de máquinas, equipamentos e materiais de construção -, entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado. De julho a setembro, os investimentos caíram 0,2% na comparação com os três meses anteriores, contribuindo para a estagnação do Produto Interno Bruto (PIB) no período, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Amanhã, o IBGE apresenta o PIB do quarto trimestre. Nas contas da LCA Consultores, o consumo aparente de bens de capital caiu 4% no último trimestre de 2011 em relação ao terceiro trimestre, já descontando fatores sazonais. Esse indicador considera a produção doméstica, menos as exportações, mais as importações. As projeções – de investimento no PIB e de consumo de máquinas – contrastam com os dados de crédito a pessoas jurídicas, que de acordo com o Banco Central, o BNDES e a Agência de Fomento Paulista aumentaram no fim do ano passado. No último trimestre de 2011, os empréstimos de longo prazo cresceram 10,2%, e os de médio prazo, 7,1%, segundo o Banco Central. Sempre na comparação com o terceiro trimestre, os financiamentos para aquisição de bens subiram 10,3%. (Valor Econômico)