O economista Roberto Troster avalia que a decisão do governo de esticar de dois para três anos o prazo de incidência da alíquota de 6% do Imposto de Operações Financeira (IOF) nos empréstimos e captações de recursos de empresas e bancos no exterior pode servir, em um primeiro momento, de barreira à entrada excessiva de dólares. Mas não é suficiente para conter a valorização do real. "é uma medida na direção certa, mas é pouca coisa", advertiu. Para Troster, o país precisa investir mais no aumento da produtividade interna. A mesma opinião é defendida pelo economista Alcides Leite, professor da Trevisan Escola de Negócios, para quem é necessário estabelecer uma política industrial de longo prazo, com redução da carga tributária e dos custos de mão de obra e de financiamento. "Controles de capital no mundo globalizado são medidas inócuas. é como tentar segurar a água com a mão. Sempre vai ter um espaço, uma brecha", analisou Leite. Na opinião dele, o Brasil deveria aproveitar melhor "as vantagens comparativas" e explorar mais a riqueza da biodiversidade, investindo, por exemplo, nas área de fármacos naturais e energia alternativa. (Agência Brasil)