Esta promete ser uma das campanhas mais espartanas desde a redemocratização. O impacto da crise econômica chegou até nelas, em geral uma atividade marcada pela mão aberta dos clientes. Mas sem doadores, os candidatos não têm dinheiro para promover eventos, demoram a contratar equipes, viajam pouco e, principalmente, não dispõem de material de campanha. A reclamação é geral. Ninguém paga, só encomenda. Uma situação atípica para uma temporada – eleições – conhecida por fornecedores, marqueteiros, jornalistas etc como a hora de ganhar dinheiro, onde os preços são o triplo do normal. Ícone dessa situação foi a reação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que busca a reeleição. Neste sábado (26), depois de gastar R$ 51 para recepcionar com café e pastel o candidato de seu partido à Presidência, Aécio Neves, o paulista se auto-penitenciou. “Não vai dar pra jantar fora”, brincou com um dos presentes. “Não mesmo. Hoje eu passei da conta.”