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Governo age para amenizar a depressão

comercio
Na década de 80, quando os jornalistas apresentavam ao ex-ministro da Fazenda Delfim Netto um cenário da economia do tipo “o mundo vai acabar”, ele concordava com o interlocutor e acrescentava: “Isso se o governo ficar parado. Mas o governo nunca fica parado”. Mais uma vez, hoje como ontem, as autoridades econômicas demonstraram que o governo não fica parado. Anunciou medidas para estimular o crédito que representam liberação de mais de R$ 45 bilhões. A decisão do BC afeta, principalmente, o crédito ao consumo, como o financiamento de veículos. O pacote foi anunciado um dia após o banco afirmar que, embora as projeções para a inflação permaneçam altas, não cortaria a taxa juros por causa da desaceleração econômica. Impôs-se, no entanto, a preocupação com o mau humor da opinião pública num ano eleitoral, com reflexos nas pesquisas de intenção de votos. Não deixa de ser um alívio num quadro de inflação, medo de desemprego e arrocho monetário, mas poucos acreditam que seja uma vitamina suficiente para movimentar uma economia muito deprimida e com um índice de endividamento das famílias tão elevado – 73%.