O impacto financeiro da medida provisória (MP) 579, de 2012, que tratou da renovação dos contratos de concessão de geração de energia, aliado à operação das térmicas atingiu a R$ 53,8 bilhões desde 2013, informa O Globo. Desse total, R$ 35,3 bilhões serão pagos pelos consumidores de energia elétrica, nas suas contas de luz. Os outros R$ 18,5 bilhões serão quitados na forma de impostos (por todos os contribuintes). Os dados constam do documento “Setor elétrico: uma agenda para garantir o suprimento e reduzir o custo de energia”, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ao qual o jornal teve acesso. Faz parte das propostas do setor que foram entregues aos candidatos à Presidência da República.
O documento diz que os ganhos da indústria com a redução das tarifas em 2013 já foram quase que totalmente perdidos com os reajustes que as distribuidoras estão fazendo nas tarifas este ano e em 2015. No ano que vem elas deverão voltar ao nível de dezembro de 2012, ou seja, ao patamar prévio à redução promovida pela MP 579. A crise do setor de eletricidade é um dos mais importantes e delicados da política econômica, e deverá constituir ponto importante dos debates da campanha eleitoral entre presidenciáveis.