Os governistas acham que vão impor seu jogo no confronto das CPIs. O depoimento de Paulo Roberto Costa, na próxima terça-feira 10, está sendo considerado por eles como uma espécie de media training do ex-diretor de abastecimento da Petrobras. Entre amigos, no plenário permanentemente semi-vazio da CPI do Senado, o interrogatório poderá servir para preparar o ex-homem forte da estatal. Pivô do caso, ele será o primeiro peixe graúdo com poder verdadeiramente tóxico a falar com os parlamentares desde que o escândalo estourou.
Estava preso, em seus computadores foram encontrados documentos comprometedores, foi associado a desvios e propinas pagas por uma lista de empresas. Tem pouco a dizer sobre Pasadena, mas muito sobre a refinaria Abreu e Lima, está envolvido com o doleiro Alberto Youssef. Além disso, deu uma entrevista à Folha muito negativa para a Petrobras. Se abrir a boca quando for à CPI Mista (ainda sem data), então, o estrago será considerável. Mas pode muito bem dar uma de Sérgio Gabrielli que engrossou na mídia e afinou na CPI. Como o relator, Marco Maia (PT-RS) já antecipou que haverá trabalho durante a Copa, no dia 11, véspera da abertura da Copa (Brasil X Croácia), a presidente da Petrobras, Graça Foster, irá pela quarta vez, nos últimos dois meses, ao Congresso (CPMI). Já virou arroz de festa por ali.