O resultado da pesquisa Ibope foi bom para a presidente Dilma, principalmente porque demonstra o acerto da sua campanha de marketing de sua pré-campanha. Os anúncios de bondades para as faixas mais baixas de renda (aumento do Bolsa Família), Classe Média (correção da tabela do IR) e agronegócio (R$ 156 bilhões em créditos) ajudaram a presidente a escalar três pontos percentuais. Apesar disso a presidente oscilou dentro da margem de erro e a dupla Aécio-Eduardo avançou mais – cada um avançou seis pontos. Como os adversários cresceram mais, o risco de segundo turno aumentou. Embora matematicamente a presidente ganhe no primeiro turno, é evidente que o Pastor Everaldo tem espaço para ir mais longe e a candidata à reeleição ainda tem uma agenda de eventos complicados pela frente – convenções com o PMDB dividido, manifestações contra a Copa do Mundo, desempenho econômico insatisfatório, desgastes da greve dos ônibus em São Paulo etc.
Candidatos | Mar/14 | Abr/14 | Mai/14 |
Dilma Rousseff (PT) | 40% | 37% | 40% |
Aécio Neves (PSDB) | 13% | 14% | 20% |
Eduardo Campos (PSB) | 6% | 6% | 11% |
Pastor Everaldo (PSC) | 3% | 2% | 3% |
Outros | 1% | 2% | 2% |
Brancos/Nulos | 24% | 24% | 14% |
Indecisos | 12% | 13% | 10% |
Com a intensificação da propaganda partidária nos meios de comunicação, a soma de quem pretendia votar em branco, anular ou não sabia responder caiu bastante entre as pesquisas Ibope de abril e maio. Veio de 37% para 24% e agora voltou ao patamar histórico esperado para esta época da campanha eleitoral (24%). Dilma não conseguiu reduzir a parcela do eleitorado que não admite votar nela de jeito nenhum – o percentual ficou estável, em 33%, enquanto a situação de seus adversários melhorou: a rejeição a Aécio caiu de 25% para 20%, e a Campos, de 21% para 13%.