O prefeito do Rio de Janeiro, César Maia (PFL), em seu ex-blog, questiona os resultados da pesquisa Ibope contratada pela TV Globo e divulgada ontem.
Veja a seguir:
CONSERTA O SOFTWARE, IBOPE!
Ô ALCKMIN ! Não fique chateado. O Ibope é assim mesmo. No final ele acaba acertando. Às vezes uma semana antes da eleição. É o método de aproximações sucessivas. Veja só, Alckmin:
1) Entre 8 e 11 de março o Ibope publicou pesquisa. No segundo turno, Lula tinha 49% e Alckmin 31%. Agora Lula cresceu na margem de erro para 53%, assim como Alckmin, que manteve-se no mesmo patamar de 31%.
2) Entre 8 e 11 de março o Ibope disse que Lula era avaliado como Ótimo+Bom para 38% das pessoas. Agora é avaliado como Ótimo+Bom para 38% das pessoas. Nada mudou.
3) Nesta pesquisa divulgada ontem pelo JN, Lula tem 48% no primeiro turno e cresce 5 pontos para 53% no segundo. Já Alckmin tem 19% e cresce outros 12 pontos e vai para 31%.
4) Será que não dá para sentir que estes 48% de hoje do Lula na intenção de voto -primeiro turno- devem ter sido um desvio do software que processou os dados?
E tem mais, Alckmin, sobre este software do Ibope.
Num primeiro turno Lula teria 48%, Alckmin 19%, e os demais 10%. Brancos e Nulos 14%. Não souberam ou não opinaram 9%. Num total de 23% que não marcaram ninguém. Ou seja, com uma lista ampla de opções, 23% não marcaram ninguém. Mas numa simulação de segundo turno Lula tem 53% e Alckmin 31% num total de 84%. Brancos e Nulos passam a 10% e Não souberam ou não opinaram a 6%.
Um software interessante. Quando há mais opções as pessoas resolvem não escolher nenhuma delas. Quando há menos -apenas dois nomes- 7% do total descobrem seu candidato e escolhem um nome. Quando se tem uma lista muito grande isso pode acontecer por uma certa confusão no disco. Mas quando são apenas seis nomes e Lula é totalmente conhecido de todos, é estranha esta redução, dos que não votam, de 23% para 16%. Coisas de software eleitoral.