Pelo menos dois pesos deixam de atrapalhar o Brasil contra a Austrália amanhã em Munique.
O primeiro é o peso da estréia. É sempre complicado vencer o jogo inicial. Especialmente
quando o time é o campeão do mundo. O segundo peso é o favoritismo. Com o show argentino
contra a Sérvia, o fardo do favoritismo passou para eles. O Brasil deixou de ser o favorito.
Como bem disse um argentino para mim: quando pensam que o Brasil vai perder, ele ganha. Ao contrário
da Argentina que se enrola no seu favoritismo. Confio que o Brasil vença o jogo com alguma tranqüilidade.
Basta não tomar gol nos primeiros vinte minutos. Controlando os australianos com nosso toque de bola, jogando
pelas laterais do campo e chutando de média distância podemos estabelecer nossa vantagem e
vamos conseguir os gols necessários. Uma vantagem para o Brasil é o fato de termos bons chutadores de média distância:
Roberto Carlos, Ronaldinho e Kaká. Será recurso essencial para vencer a forte barreira defensiva
australiana. Outro recurso é lançar Juninho Pernambucano e Robinho para forçar as jogadas individuais e sofrer
faltas. A zaga australiana é conhecida pela sua violência. Neil, Cahill e Popovic sao conhecidos no futebol
inglês pelo futebol mais do que viril. O melhor jogador australiano é Kewell que joga no Liverpool. É rápido e habilidoso.
Será um jogo tático e de muita paciência. É hora de dar o troco pela vitória australiana contra o Brasil por 1 a 0
na decisão da Copa das Confederações em 2001.