Mais uma vez foi no sufoco. Contra um time muito limitado e violento – a Austrália marcou 25 faltas – conseguimos uma vitória no sufoco e a classificação para as oitavas de final. O Brasil foi superior e mereceu a vitória. Mas passou por alguns momentos de aperto.
No primeiro tempo o Brasil teve algumas chances. A melhor delas foi um chute de Kaká após belo passe de Ronaldo.
No segundo-tempo, Dida nos salvou com uma defesa magnífica em finalização de Bresciano. Teria sido o empate. Como esperado, a Austrália jogou muito fechada e em contra-ataques.
Felizmente, o técnico holandês Gus Hiddinik deixou seus dois melhores atacantes no banco: Aloisi e Kewell. Só entraram no segundo tempo. Assim, quase sempre as finalizações australianas no primeiro tempo não trouxeram muito perigo.
No segundo tempo, o Brasil voltou melhor e conseguiu o primeiro gol em boa jogada de Ronaldo finalizada por Adriano. Depois do gol brasileiro, a Austrália passou a atacar. Graças a Deus, mais uma vez brilhou a estrela de São Dida. Aos 26 minutos, entraram Gilberto Silva e Robinho nos lugares de Emerson e Ronaldo, respectivamente. A entrada de Robinho deu novo ânimo ao Brasil. Quando tudo parecia que ia ficar no 1 a 0, foi a vez de brilhar a estrela de Parreira. Aos 42 minutos substituiu o cansado Adriano por Fred. No minuto seguinte, Fred passou para Robinho que chutou na trave. Fred aproveitou o rebote para completar para o gol: Brasil 2 a 0.
Taticamente, o Brasil foi um pouco melhor do que contra a Croácia. No entanto, falta uma postura tática mais compacta. Muitas vezes o jogador não tem um companheiro ao alcance. Ronaldinho Gaúcho fez alguns lançamentos longos para área por não ter com quem armar uma jogada. Estamos tocando a bola com lentidão e dando tempo para o time adversário organizar a defesa. Temos que melhorar muito para vencermos times de melhor qualidade tática e individual.
Com relação ao desempenho individual, São Dida apareceu bem e nos salvou algumas vezes. A zaga foi razoável. Zé Roberto, apesar de uma furada ridícula, foi bem. Mereceu o prêmio de melhor jogador da partida dado pela FIFA. No meio-campo, Ronaldinho Gaúcho continua devendo.
Kaká voltou a se destacar e fez boas jogadas. A dupla de ataque foi melhor do que no jogo contra a Croácia. Ronaldo apareceu um pouco melhor e deu o passe para o gol de Adriano, além de ter participado de várias outras jogadas no primeiro tempo. Robinho e Fred entraram bem e garantiram a vitória. Parreira teve o mérito de mexer muito bem na equipe.