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Show de Zidane e incompetência de Parreira

A França deu um nó tático no Brasil e o resultado deveria ter sido muito pior para nós. Jogamos bem uns oito minutos no primeiro tempo. Depois só deu  França. 1 a 0 foi pouco.  Parreira errou na fórmula inicial com Juninho recuado e Ronaldinho Gaúcho mais avançado. Ronaldo ficou perdido no meio da defesa francesa.

 

Vendo que nada dava certo, Parreira não teve comando para mudar o jogo. O empate no fim do primeiro tempo foi um prêmio para nós. Já que Zidane e Vieira passeavam em campo sem marcação.

 

Voltamos com um pouco mais de disposição. Nosso ânimo durou pouco. Tomamos um gol aos 11 minutos do segundo tempo. Ao invés de fazer substituições logo e tentar virar um jogo que era claramente favorável para os franceses, Parreira demorou a mexer no time.   

 

Tendo sido patético e primário pelo lado tático, o Brasil foi decepcionante no aspecto individual. Nenhuma de nossas estrelas jogou.  Kaká fez a sua pior partida na seleção. Ronaldinho Gaúcho ficou sempre preso na marcação de, pelo menos, dois franceses. Juninho não entrou bem e Cafu também foi mal. Zé Roberto não repetiu as outras atuações. Quando Robinho e Cicinho entraram já era tarde para mudar o destino do jogo.

 

O Brasil nesta Copa foi um time taticamente frágil e que dependeu da sorte e do talento de nossos jogadores. Não conseguimos tocar a bola com qualidade nem armar a equipe de forma compacta.  Tendo a sua disposição os melhores jogadores do mundo, Parreira não criou um esquema tático sólido nem desenvolveu alternativas.

 

Já o técnico francês conseguiu armar um time compacto na defesa e veloz no contra-ataque.  Venceu com méritos. Além do show de Zidane, o time foi aplicado taticamente e jogou com muita raça.  O Brasil jogou anestesiado, sem raça, sem imaginação e sem comando. Faltou um líder em campo para acordar o time.