O PDT preferiu o conforto do muro a enfrentar o peso de uma decisão. Como bem disse Fernando Rodrigues: e daí? O PDT deixou de ser referência. É uma legenda de escape para quem não pode estar em outro partido maior. Leonel Brizola poderia ter sido o nosso Felipe Gonzalez, o reformador que colocu a Espanha no primeiro mundo. Preferiu ficar com um discurso mambembe das perdas internacionais. As perdas internacionais se foram e a dívida interna cresceu gigantescamente.
O PDT, como partido, não tem noção do que se passa no quadro fiscal. Quando Cristovam Buarque ensaiava um discurso pragmático, levava muita pancada. Agora, ao ficar no muro, o PDT dá uma mostra de sua coerência política: a mediocridade. Não teve coragem de assumir seu esquerdismo apoiando Lula. Nem teve coragem de assumir Geraldo pelo seu comprometimento com a educação e a ética na política. Não faz diferença Os eleitores de Buarque já se decidiram.
Apesar de não fazer diferença, o PDT deveria ter tomado posição firme. Até mesmo para valorizar sua plataforma eleitoral frente à disputa final. Seria um gesto de grandeza política e de respeito ao seu eleitor e ao seu ideário. Ao não decidir por um lado, o PDT dá a exata dimensão do quadro paupérrimo da política nacional.