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30 de outubro de 2006
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30 de outubro de 2006
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O fim e o fim da era Palocci

No fim de semana, as ameaças contra a estabilidade do Plano Real ganharam força. Tarso Genro anunciou o fim da política conservadora e monetarista do primeiro mandato de Lula.


 


Tal afirmação merece algumas reflexões. A primeira é a de que Tarso  não é o interlocutor ideal na questão econômica. Sua opinião pesa, mas não é decisiva. A segunda reflexão é a de que a decisão sobre a política econômica do segundo mandato de Lula será tomada por Lula com os ministros da área e Dilma Roussef.


 


Porém, a declaração de Genro não deve ser interpretada isoladamente. Marco Aurélio Garcia, o assessor presidencial-presidente do PT, disse que a campanha de segundo turno foi esquerdista e que o partido vai retomar suas origens.


 


Já na sexta-feira, postei uma nota sobre as ameaças aos fundamentos do Plano Real. Entre elas, as dificuldades de aprovação da CPMF e da DRU.


 


O fim da era Palocci é preocupante pelo fato de que a nova política, se vier, será baseada em corte na taxa de juros, gasto público e carga tributária pornográfica. E, pior, sem reformas. A prevalecer a visão conservadora de aliados de Lula, vamos continuar patinando rumo ao futuro.


 


O mercado já reage mal ao anunciado “fim da era Palocci”. Os ataques especulativos ocorrerm por decisões erradas. Mas, a intraquilidade se instala a partir do acúmulo de declarações mal colocadas.