Em nota oficial , o PFL anunciou ontem que o casamento com o PSDB acabou. O partido informa que em 2010 não haverá coligação com o parceiro tucano. O rompimento é resultante da imensa mágoa do partido com o PSDB na campanha de Geraldo e marca o fim de uma aliança que promoveu a eleição de FHC e a implantação do Plano Real.
Porém, em política, o tempo tudo cura. O rompimento de hoje pode virar casamento novamente. Mesmo assim, a declaração pode ter conseqüências imediatas
O rompimento poderá ter uma conseqüência benéfica caso o partido busque construir uma nova identidade ideológica. Já aliviado de alguns pesos das antigas oligarquias políticas, o PFL poderia se endereçar pelo caminho imaginado por Luiz Eduardo Magalhães: um partido moderno, a favor da livre-iniciativa e disposto a combater a intervenção do Estado na economia.
Sem uma marca ideológica e sem um projeto de país, o PFL ficará à deriva. A mercê dos ataques do PSDB e do PMDB quem podem desfalcar ainda mais seus quadros. A situação do partido será ainda pior se o PFL perder a condição de maior partido do Senado.