” A torre de controle de vôos de São José dos Campos (SP) autorizou os pilotos do Legacy, Joe Lepore e Jan Paladino, a voar na altitude de 37 mil pés até o aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus, apesar de essa altitude ter se tornado “contramão” na rota após Brasília –e onde estava o Boeing-737 da Gol atingido e derrubado no choque com o jato da Embraer”, informa Eliane Cantanhêde na Folha de São Paulo de hoje.
A nota dá a pista inicial da tragédia do acidente da Gol e dos desdobramentos subseqüentes: a operação padrão dos controladores de vôo e a disputa entre autoridades civis (PF) e militares sobre a investigação do ocorrido.
O Correio Braziliense de hoje informa que o primeiro ministro da Defesa, José Viegas, do governo Lula já tinha alertado o governo sobre a necessidade de investir no controle de vôo. Disse ainda que Palocci segurou as verbas necessárias.
Ainda na edição de hoje do Correio, Lula teria dito que “estamos reféns dos controladores de vôo?”. A reação foi a edição de uma medida provisória autorizando a contratação de pessoal e investimento em treinamento.
Para o desgosto de muitos, talvez a culpa não tenha sido (apenas) dos pilotos americanos. Alguns pensam que seria mais fácil jogar a culpa neles já que a empresa tem um seguro de 100 milhões de dólares que paga todo mundo: familiares e até mesmo o avião da Gol que caiu.