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A questão da ética

Veja trecho de matéria da revista Veja deste fim de semana:

” Continuarei empenhado em que os órgãos de investigação e da Justiça apurem todas as denúncias de corrupção e que os verdadeiros culpados sejam exemplarmente punidos.”
Lula em pronunciamento à nação,
31/10/2006

O assalto indiscriminado aos cofres públicos foi o lamaçal que manchou todo o primeiro mandato de Lula. Conter a ousadia dos “companheiros” que erram sempre em benefício do próprio bolso e do partido é o grande desafio de Lula nos próximos quatro anos. O presidente tem feito repetidas promessas de empenho na apuração das denúncias e punição dos culpados, mas pouco existe de resultado concreto. A questão ética não se esgota, no entanto, na apuração de escândalos. Ela exige vários desdobramentos. Um deles é a reforma política uma prioridade a que Lula tem feito referência, embora de forma genérica. Outro é o Orçamento, cuja elaboração envolve um toma-lá-dá-cá entre o Executivo e os partidos que leva em conta tudo, menos os interesses do país. Um terceiro é a fiscalização dos gastos públicos. Conclui o cientista político Murillo de Aragão: “Se o presidente, fiscalizado pela imprensa como ele é, mesmo assim se beneficiou da sua condição de presidente como candidato, imagine o que não acontece na máquina pública nos estados periféricos”.