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Mais um partido de centro-esquerda

Conforme matéria de  Kennedy Alencar e Eliane Catenhêde da Folha On Line, o governador eleito de São Paulo quer criar um novo partido de centro-esquerda no país.  Um partido que alavanque seu projeto presidencial.


 


Cumpre lembrar que no Brasil temos quatro grupos de partidos: os partidos da política (seja ela qual for), os partidos de centro-esquerda e os partidos de esquerda. Não temos partidos de direita. O último político de direita que tivemos no Brasil foi o brilhante e injustiçado Roberto Campos. O PP, herdeiro direto da Arena, há muito abandonou o discurso de direita. Virou um partido da política.


 


Dentre os partidos da política, o destaque é o PMDB cujo ideário é uma colcha de retalhos que justifica uma política de conveniência, compadrio e clientelismo e, ainda, algumas pitadas de nacionalismo, intervencionismo e esquerdismo. O melhor do PMDB também é de centro esquerda, como a maioria dos partidos. Ainda no rol dos partidos da política, temos o PL, agora PR, e o PTB.


 


No campo da centro-esquerda, temos desde o PFL até o PCdoB. O que diferencia é o grau de esquerdismo. O ponto em comun é o apreço pelo poder e pelo estado.


 


O PFL, apesar do liberal no nome, é um partido social-democrata na sua atitude política, no seu apreço ao estado e às políticas desenvolvimentistas.  


 


O PSDB é, por excelência, um partido de centro-esquerda que se deslocou mais para o centro do que para a esquerda. O PT, que era um partido de esquerda, também se deslocou para a direita e se coloca como um partido que varia entre o socialismo e a social-democracia. Na mesma leva, surgem o PDT e o PSB.  


 


O novo partido do Serra será mais um a existir disputando o espaço do discurso esquerdinha, do politicamente correto, do intervencionismo estatal, do assistencialismo? Se for, não será nada de novo no cenário político nacional.